quarta-feira, 24 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
Obrigado pela visita. Volte sempre.
Retomando a problemática da falta de cursos universitários em nossa cidade, lembrei-me de uma coisa simples, bastante imperceptível aos olhos de muitas pessoas, mas que deixa fortes efeitos sentimentais e, porque não, motivadores de engajamento em nossas consciências.
Trata-se da placa “Obrigado pela visita. Volte sempre.”, a qual vejo todas as vezes que deixo a cidade, seja qual for a direção. Particularmente, rumo a Vitória da Conquista, onde resido por não encontrar a condição acadêmica (e, conseqüentemente, pra tocar a minha vida) de que necessito.
Mas se o problema fosse só o meu ... Quantos e quantos brumadenses deixam sua terra natal pra estudar fora? Deixo outra pergunta ainda mais difícil: e quantos voltam após terminados os estudos? Se essas indagações são feitas no cotidiano dos estudantes e professores brumadense, é porque latentemente existe o problema da falta de oportunidades, seja qual for o ramo, em Brumado.
Como a cidade de Brumado, tão importante no centro-sul baiano, com políticos de expressão nacional, não consegue emplacar no quesito universitário (e em outros quesitos também)? Sim, são muitas perguntas, mas se elas continuarem sem resposta, como assim estão há muito, é sinal de que nada tem sido feito, nem por parte do povo, tampouco dos políticos, pra mudar essa situação.
Portanto, indiscutivelmente o nosso Movimento Alternativo Mente Livre exige mais cursos para a UNEB XX e o IF-BA, é claro que em consonância com os moldes exigidos para seu funcionamento, como professores qualificados, bibliotecas cumprindo suas funções e a construção dos devidos campi das universidades supracitadas.
Da mesma forma, os investimentos na educação básica, fundamental e média das escolas estaduais e municipais devem estar em consonância com os investimentos no ramo superior da educação. Aos alunos que necessitarem de curso preparatório para o vestibular, que o seja oferecido por parte do município ou do Estado (ou em parcerias público-privadas) sem nenhuma burocracia, com extremo acesso a todos.
Pessoal, não dá mais pra viver de migalhas, achando que fechar a rua para a construção de um auditório ou pintar a fachada de uma escola rural para encobrir a poeira é o bastante. São louváveis as reformas estruturais das escolas, mas sem oferecer oportunidades dentro da própria cidade para os jovens que terminaram o ensino médio é entregá-los aos “cuidados” do mercado, que tratará de destruir o futuro de grande parte deles.