quarta-feira, 24 de março de 2010


Ahh minha Brumado, terra das contradições e de um calor infernal, povo batalhador, honesto, em sua maioria passivos e pacíficos! (Quase todos! Não sou nada pacifico). Seu heróis decidem aparecer afinal, é tempo da sangria, é tempo de eleição meu bom povinho de Brumado! Feitos mirabolantes, mentiras carinhosas e uma cara de pau nobre. Pois bem, na boca desses cavaleiros do apocalipse, digo heróis baianos e brumadenses, Brumado é a ‘China’ Baiana, um verdadeiro canteiro de obras, o ninho maior das oportunidades no sudoeste baiano! Eu disse sudoeste, que nada, de toda a América Latina e chegando aos padrões norte-americanos. Mas não viaje na maionese meus queridos, isso é só da boca para fora! Na boca de políticos sérios como os nossos, um ovo goro vale milhões porque na boca deles o absurdo é o normal e o grotesco é o certo. Durante anos e anos travam pelejas incríveis, embates memoráveis e acusações infantis. No entanto meninos e meninas, 2010 está aí, é tempo de esperança, é tempo de investimento e também é claro, é tempo de salvar as finanças e os interesses! Finanças e interesses de quem? Meu? Seu? Brumado? ‘Qualé’ nada, o deles! Vivemos num estado onde professores mendigam aumentos fúteis e não são atendidos, vivemos em um estado onde obras básicas são interrompidas para a reforma e construção de um raio de estádio de futebol, vivemos em um estado imerso na violência e com um contingente policial ridículo, vivemos em um estado onde estradas ‘pavimentadas’ estão a ponto de serem aproveitadas para o ‘rally dos sertões’. Deixando a Bahia de lado e rumando para a China baiana, governada e influenciada por soberanos e fantasmas assim como o seu desenvolvimento, só os inteligentes podem ver como diria Chapolim Colorado. Vejo os políticos que até então eram inimigos ferrenhos se abraçando, se beijando, num romance astral de dar nojo. Mas o nosso povo é bobinho, ou pelo menos boa parte deles, e se esquecem do quanto a China baiana deixou de crescer AINDA MAIS por conta destas pendengas idiotas. E o engraçado meus caros, é que estes mesmos fanfarrões que hoje tomam conta do que é nosso, são tidos como heróis, os reis da TOMÂNIA, os césares do sertão, pelo menos é o que indica as milhares de faixas ridiculamente espalhadas por nossa cidade causando uma poluição visual e intelectual incrível, além de se mostrarem contra os principio cristãos, até porque, mentir é feio! Vejo o suserano Eduardo e o Imperador Wagner, este ultimo rebaixou o seu Vice Rei a Arlequim junto com toda a trupe dos ‘topeiras’, cegos e inertes. Vejo em nossa cidade mais um casamento badalado com promessas apaixonadas que remetem ao crescimento da Gotan, quero dizer, da China Baiana. Mas como todo bom brumadense, tudo que vejo é atraso! Educação? Pare com isso! Assistência Social? Já disse pra parar! Oportunidade? Claro, duas opções nas atuais circunstancias, ou vira autônomo ou vira empregado público, contratado, afinal, o décimo primeiro mandamento da China baiana é: não farás concurso público! Segundo o’Teixugo’ mor, concursados não trabalham, por tanto, é bem melhor colocar sob os meus pé todos aqueles em que eu possa pisar, esmagar, manusear e deletar conforme a minha vontade quase divina do que colocar concursados plenamente amparados pela Lei. Todos agora se juntam numa cruzada fictícia em prol do Japão nordestino, com intuito de fazer com que a China baiana cresça ainda mais! Ainda mais meus queridos! Na boca dessa raça podre, em pouco tempo, a nossa cidade estará mais alta que a cidade de Cusco no Peru, porque analisando bem a vontade política dos nossos heróis apocalípticos, sobretudo as circunstancias sociais de nossa querida Gotan, chego a conclusão de que é mais fácil Brumado se elevar aos céus com ajuda do relevo e fenômenos naturais do que com o compromisso dos nossos empregados que não querem compreender isso, pelo menos em períodos não eleitorais. Enquanto isso, vejo Atlântida afundando de longe! Sorte no front.

terça-feira, 9 de março de 2010

Obrigado pela visita. Volte sempre.

Retomando a problemática da falta de cursos universitários em nossa cidade, lembrei-me de uma coisa simples, bastante imperceptível aos olhos de muitas pessoas, mas que deixa fortes efeitos sentimentais e, porque não, motivadores de engajamento em nossas consciências.

Trata-se da placa “Obrigado pela visita. Volte sempre.”, a qual vejo todas as vezes que deixo a cidade, seja qual for a direção. Particularmente, rumo a Vitória da Conquista, onde resido por não encontrar a condição acadêmica (e, conseqüentemente, pra tocar a minha vida) de que necessito.

Mas se o problema fosse só o meu ... Quantos e quantos brumadenses deixam sua terra natal pra estudar fora? Deixo outra pergunta ainda mais difícil: e quantos voltam após terminados os estudos? Se essas indagações são feitas no cotidiano dos estudantes e professores brumadense, é porque latentemente existe o problema da falta de oportunidades, seja qual for o ramo, em Brumado.

Como a cidade de Brumado, tão importante no centro-sul baiano, com políticos de expressão nacional, não consegue emplacar no quesito universitário (e em outros quesitos também)? Sim, são muitas perguntas, mas se elas continuarem sem resposta, como assim estão há muito, é sinal de que nada tem sido feito, nem por parte do povo, tampouco dos políticos, pra mudar essa situação.

Portanto, indiscutivelmente o nosso Movimento Alternativo Mente Livre exige mais cursos para a UNEB XX e o IF-BA, é claro que em consonância com os moldes exigidos para seu funcionamento, como professores qualificados, bibliotecas cumprindo suas funções e a construção dos devidos campi das universidades supracitadas.

Da mesma forma, os investimentos na educação básica, fundamental e média das escolas estaduais e municipais devem estar em consonância com os investimentos no ramo superior da educação. Aos alunos que necessitarem de curso preparatório para o vestibular, que o seja oferecido por parte do município ou do Estado (ou em parcerias público-privadas) sem nenhuma burocracia, com extremo acesso a todos.

Pessoal, não dá mais pra viver de migalhas, achando que fechar a rua para a construção de um auditório ou pintar a fachada de uma escola rural para encobrir a poeira é o bastante. São louváveis as reformas estruturais das escolas, mas sem oferecer oportunidades dentro da própria cidade para os jovens que terminaram o ensino médio é entregá-los aos “cuidados” do mercado, que tratará de destruir o futuro de grande parte deles.