quarta-feira, 5 de maio de 2010

Alianças para quem?

Não sou contra a existência de inúmeros partidos políticos. Muito pelo contrário, penso que eles representam a pluralidade de pensamentos, relações e interesses que movem a sociedade brasileira. Representam a luta pelas ambições e realizações daqueles ou da classe que os fundamentam. O partido, com a pluralidade dos seus membros, nunca terá um único posicionamento, porém todos pregam como finalidade o bem comum.
Por isso, há que se fazer a distinção entre o que propõe o partido e o que faz um membro dele, mais especificadamente, aquele que se encontra na posição de representante do povo, ou seja, o político propriamente dito.
A apropriação indevida (em alguns casos, a personificação) do caráter do partido por parte de muitos políticos é o que configura tantas discrepâncias em relação aos fins dos partidos. Prova disso é a aliança, bastante estranha sob o ponto de vista programático de cada partido, entre o prefeito Eduardo Vasconcelos (PSDB) e o governador Jacques Wagner (PT). PSDB junto ao PT, tenso, não?
Não quero dizer que seja proibida uma aliança entre esses partidos, nem prego o puritanismo de ambos os lados, apenas não visualizo como que tal união seja em prol do povo brumadense levando em consideração a conjuntura nacional e histórica das ações dos dois partidos.
Não acredito nem concordo com algumas pautas dos programas de certos partidos, que foram feitas por determinados interesses em detrimento das reais aspirações de um partido. E é a apropriação do partido por parte de alguns membros (geralmente as lideranças), visando apenas seus interesses, que se aprofunda o caráter opressor de certos programas partidários.
Resumindo tudo isso: não há interesse pelo povo, há o interesse meramente particular por parte de ambos os políticos citados, cujo objetivo é a permanência no poder!
Simples conclusão? Penso que não. Todos dizem a mesma coisa: “eles só pensam neles”. Sim, não discordo. Mas esse tipo de coisa deve ser levado mais a fundo por todos nós. Devemos pesquisar (ou recordar) com quem Wagner, Paulo Souto, Geddel, Marizete, João Bonfim, Eduardo, Edmundo, enfim, os políticos mais conhecidos da terra dividiram o palanque nas eleições passadas e com quem estão agora. Quem eles criticaram e quem eles elogiam agora. O que propuseram e o que não cumpriram. Isso não é difícil constatarmos, mas o que é necessário é nos situarmos perante tantas picuinhas e tantas alianças duvidosas. Nossas pretensões não podem ficar sob o jugo de quem acha que fazendo tantas manobras está nos agradando.
A política nitidamente é um jogo de interesses. Mas interesses de quem? A resposta já sabemos, mas não é a que queremos! A política pelo povo e para o povo, este é o nosso real interesse!

Um comentário:

  1. Enquanto isso meu caro, pneus são queimados, pobres massacrados, sorrisos, delírios e mentira! Tudo isso, sistemática mente obrado em nossas faces, sem o menor pudor! Ainda existem aqueles que vangloriam tais atitudes, e existem aqueles burricos de cargas que por conta da realidade, precisam rir! Rir e comer os degetos que jorram da boca desses excrementos que insistimos em chamar de políticos.

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